“Fábrica de Chocolate” mostra um fato corriqueiro durante a ditadura militar,
nos anos 70. Um preso político morre em uma sessão de tortura em uma delegacia.
Seus carrascos montam uma cena para tentar mostrar que se tratou de suicídio. A
vítima é um operário de uma fábrica de chocolate. Seu crime, a organização da
luta dos trabalhadores por melhores salários e condições de trabalho.
Dirigida por Luiz Furlanetto, o texto foi escrito por Mário Prata logo após a morte de Vladmir Herzog, em 1975. O jornalista militante do Partido Comunista morreu num quartel do Exército, em São Paulo após ser torturado. Os responsáveis alegavam suicídio, apesar dos evidentes sinais de espancamentos.
O cenário da peça é uma sala mal iluminada e cheia de instrumentos e substâncias usados nas sessões de torturas. Os métodos cruéis e a frieza dos carrascos são ainda mais assustadores porque não se pode dizer que ficaram no passado. A morte do pedreiro Amarildo por policiais militares foi apenas mais uma de uma série que nunca foi suspensa. Só deixou de vitimar militantes de partidos políticos de esquerda.
A peça esteve em cartaz até o início de novembro na Casa de Cultura Laura Alvim, Rio de Janeiro. A trama é pesada, mas deveria ser reproduzida em escolas, universidades, associações de bairros, sindicatos. A força da atuação do excelente elenco e a atualidade dos crimes de que trata certamente tocariam o público. Despertariam um importante debate sobre a necessidade de fortalecer a resistência popular contra a covarde repressão do Estado.
Por outro lado, já passou a hora de voltarmos a apostar no teatro alternativo de resistência. O movimento popular e sindical e a militância política combativa precisariam retomar esse importante instrumento em suas lutas. Diante da ditadura da grande mídia, atividades artísticas organizadas nas próprias comunidades e locais de trabalho seria fundamental na luta contra-hegemônica por justiça social e liberdade.
Dirigida por Luiz Furlanetto, o texto foi escrito por Mário Prata logo após a morte de Vladmir Herzog, em 1975. O jornalista militante do Partido Comunista morreu num quartel do Exército, em São Paulo após ser torturado. Os responsáveis alegavam suicídio, apesar dos evidentes sinais de espancamentos.
O cenário da peça é uma sala mal iluminada e cheia de instrumentos e substâncias usados nas sessões de torturas. Os métodos cruéis e a frieza dos carrascos são ainda mais assustadores porque não se pode dizer que ficaram no passado. A morte do pedreiro Amarildo por policiais militares foi apenas mais uma de uma série que nunca foi suspensa. Só deixou de vitimar militantes de partidos políticos de esquerda.
A peça esteve em cartaz até o início de novembro na Casa de Cultura Laura Alvim, Rio de Janeiro. A trama é pesada, mas deveria ser reproduzida em escolas, universidades, associações de bairros, sindicatos. A força da atuação do excelente elenco e a atualidade dos crimes de que trata certamente tocariam o público. Despertariam um importante debate sobre a necessidade de fortalecer a resistência popular contra a covarde repressão do Estado.
Por outro lado, já passou a hora de voltarmos a apostar no teatro alternativo de resistência. O movimento popular e sindical e a militância política combativa precisariam retomar esse importante instrumento em suas lutas. Diante da ditadura da grande mídia, atividades artísticas organizadas nas próprias comunidades e locais de trabalho seria fundamental na luta contra-hegemônica por justiça social e liberdade.